quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

(39) NESTA ÉPOCA NATALÍCIA PENSE BEM...

Tomo a liberdade, com a devida vénia, de transcrever o mail que ontem "caiu" na nossa caixa de correio.


PARA LER E REFLECTIR!


NESTA ÉPOCA NATALÍCIA...
PENSE BEM ANTES DE OFERECER/ADOPTAR UM ANIMAL


"Lembro-me de um dia, tinha eu cerca de 7 anos, andar a brincar num terreno baldio junto de minha casa e ouvir um miar.
Era um gatinho com 2 meses no máximo... estava perdido, nem sinais da mamã... hoje sei que também tinha coriza... na altura apenas achei que fosse cego.
Peguei nele, meti-o no bolso do casaco e levei-o... para casa dos meus avós... coloquei-o na taça da comida do cão e alimentei-o!
Arranjei-lhe uma mantinha e fui colocá-lo no local onde o encontrei, pois não o podia levar para casa... No dia seguinte já não estava lá...
Acreditei e ainda acredito que a mamã o tivesse ido buscar!

Desde bebé que tenho animais, desde criança que salvo animais!
Cresci, sou saudável, formei-me e sou uma pessoa que não tem um dia normal, tem um dia com outras preocupações...
Não chego a casa depois de um dia de trabalho e dou-me ao luxo de poder ver a novela...Não! Chego a casa e vou limpar caixotes de gatos... :)mas sou feliz assim!!
Se gosta de animais trate-os com amor, respeito e carinho!
Se não gosta trate-os com respeito e não lhes faça mal!
Se quer ter um animal faça-o com consciência!
Não o faça por capricho!
Um animal não é uma prenda!
Um animal é um membro da sua família, tal como um filho que planeou ter!
Não escolha o animal pelo tamanho, cor ou sexo! Escolha-o pela bondade, amizade, e carinho! Salve uma vida! Adopte um animal conscientemente!"

By: Ana Rocha
Plataform@doptar
http://adoptar.pt.vu
adoptar.pt.vu@gmail.com
Campanha de sensibilização
"Adopte um animal conscientemente"

domingo, 28 de novembro de 2010

(38) PAULA E TIAGO, O NOSSO MUITO OBRIGADO


PAULA e TIAGO! ESTOU(AMOS) AGRADECIDO(s) DO FUNDO DO CORAÇÃO!


(TEXTO “A MEIAS” de Berrinhos e dono)


I


A Paula faz o favor de ser uma grande amiga nossa.
Conhecedora de animais, sua amiga e protectora, dedica-se a eles depois de cumprir o horário profissional, tratando dos seus (cães e gatos) e dos que lhe são confiados na função de pet-sitter.
Os seus sentimentos no que toca a animais (e não só…) são compartilhados pelo seu companheiro, o Tiago, outro coração mole e bom amigo.
Mulher activa como conhecemos poucas, consegue gerir a vida que compreende a sua profissão principal, com o horário normal de expediente e o acompanhamento dos animais sobrando-lhe ainda tempo para desanuviar com outros hobbies: gosta de pintar, é habitué em tudo o que são concertos e adora passar bons bocados com os seus inúmeros amigos.
Tem já uma colecção de telas por ela pintadas, digna de serem expostas em galeria de arte.


O Tiago tem também alma de artista, com uma câmara fotográfica na mão.
São dele as maravilhosas e artísticas fotos que podem ser admiradas nos vários blogs e no Face de ambos.





No que respeita à ocupação com animais, criaram ambos, o Hotel de Animais, para quem vai de férias e queira deixar o seu animal de estimação bem cuidado.



http://www.hotelanimal.blogspot.com



I I

A nossa gatinha Necas não dá descanso à minha “menina” mais nova, a Ritinha, que se fez uma grande gata e ostenta aquela pelagem linda, de vários tons, como só as “tartarugas” possuem.

A Ritinha, cuja “história” da entrada no meu harém já contei ( vide Post 3 em 26 de Fevereiro do presente ano) não só teve uma infância difícil, como não foi bem recebida pela pela nossa Necas (vide Post 4 em -5 de Março de 2010).
Naquele primeiro post está inserido um pequeno vídeo que mostra os “resíduos” das perseguições que a Necas move à “tartaruga” que não é senhora de ter junto dela quaisquer bonecos, cobertores ou “camas” pois a "outra" retira-lhe tudo deixando os objectos espalhados pela casa fora. Sempre que vê a Ritinha, atira-se a ela, obrigando-a a esconder-se.

É ouvir gritos estridentes, sopros e corridas de perseguição até que a Ritinha encontra um abrigo onde se esconde obtendo um período de tréguas. Curioso é o facto de duas outras gatas – a Maria e a Pippy - correrem e atirarem-se à Necas, como que defendendo a calmeirona da Ritinha.
Claro que eu já estou velho para me meter no meio daquelas lutas embora me custe presenciá-las.


Os meus donos já tentaram tudo.
Administração de calmantes, depois de consultas à veterinária, ralhetes à Necas, até colocá-la de castigo isolando-a. Nada resultou.

A Ritinha passa a vida confinada a um estreito espaço por detrás de um frigorífico. Não pode deitar a cabeça de fora sem que a Necas se atire a ela. Por vezes consegue sair do esconderijo e fica agachada debaixo da cama dos nossos donos.
É uma "marcação cerrada" que não tem explicação.




A Necas, para os humanos é uma gata dócil, boa companhia, mimada, linda…
…e meus donos eles não têm coragem de se desfazerem dela.
A Ritinha, dado os seus medos dificilmente se adaptaria ou seria uma boa companhia para desconhecidos. Fora de hipótese a saída.
Todos os amigos da família estão ao corrente do problema, e temos vivido na esperança de algum nos poder dar uma dica sobre como proceder. A consulta na Net, sobre aquele tipo de comportamento em bichanos, nada adiantou.

I I I

Foi então que “apareceram" a Paula e o Tiago.
Os laços de amizade que nos unem têm proporcionado alguns serões em nossa casa e num deles a Paula teve oportunidade de assistir a todas às peripécias que atrás relatamos.
De imediato se ofereceu para albergar temporariamente a Necas no Hotel, de forma a que a Ritinha pudesse finalmente abandonar a vida de prisioneira e recuperar do “stress” a que tem sido sujeita.
Agradecidos agarrámos de mãos ambas a oportunidade que nos era oferecida pensando todos que, quando a Necas regressasse, a situação evoluísse na expectativa que a Ritinha, depois de marcar o terreno e depois de gozar o espaço que lhe é oferecido, viesse a fazer frente à sua perseguidora e eventualmente terminar com o ambiente de animosidade.

Foi assim que durante um mês a “tartaruga” gozou de liberdade plena e…






…tivemos de regresso o contacto da bichana …

… que passou a correr por toda a casa e a dormir aos nossos pés, sobre a nossa cama.


I V

Quando a Necas regressou vimos goradas as nossas expectativas do problema estar resolvido depois do primeiro dia que nos deu algumas esperanças, pois a Necas parecia alheada da presença da Ritinha. Engano... tudo retornou ao anterior "status".
Voltámos a ver a Necas a perseguir a Ritinha, esta a esconder-se durante dias por detrás de um frigorifico, os bonecos e cobertores de novo arrastados e espalhados pela casa, os barulhos de refrega, enfim… A Ritinha voltou ao seu calvário.
E mais uma vez a Paula e o Tiago - que até se apaixonou pela Necas - fizeram o favor, há poucos dias, de a levar para nova estadia no Hotel, esperando todos que o afastamento, desta vez, resulte num regresso que altere a situação actual para um pacífico relacionamento entre a Necas e a Ritinha.
Se não conseguirmos ver resolvida a situação com mais esta experiência, tememos que não sejamos capazes de resolver a contenda.
Vai ser complicado…
É pela disponibilidade, por este duplo esforço de amigos, da Paula e do Tiago que estamos muito agradecidos, não sabendo como retribuir. Para já, obrigado por tudo.
Bjs abraços e ronrons de

Cândido e Berrinhos


Blogs da Paula

http://www.variasformasdearte.blogspot.com/
http://www.secretsdelalune.blogspot.com/

Blogs do Tiago
http://www.olhares.com/tbrdon3
http://www.maiz1blog.blogspot.com/

domingo, 24 de outubro de 2010

(37) GASTO A MINHA PACIÊNCIA...

Ando há um "ror" de tempo a tentar educar a "MARIA"! Disse-lhe que não se deve utilizar as patas para beber leite e comer bolachinhas encharcadas no dito líquido.
Mas não consigo que ela aprenda a usar a colher. Continua com um comportamento incorreto indigno de usar à mesa, estilo medieval...
Não dá! Desisto!
Para sua (dela) vergonha, segue o deprimente espectáculo da utilização da pata para beber e comer.
Um ron-ron para todos do frustrado "professor" (mais um...!)
Berrinhos

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

(36) PREGUIÇANDO AO SOL...


Depois de uns dias cinzentos e chuvosos, uma réstia de sol convida à preguiça.
Pippy aproveita-se... e "abre-se" toda à carícia dos ainda quentes raios solares.
Miaus do Berrinhos



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

(34)ESCLARECIMENTO ABAIXO ASSINADO ESTERILIZAÇÃO DE CÃES E GATOS

Relativamente ao Post (32) POR UMA CAMPANHA NACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO DE CÃES E GATOS recebemos hoje um mail que clarifica não estar "aberto" ao público em geral o abaixo assinado referido no texto e que considerámos "mais abrangente"... erro nosso!
Lamentando o lapso, passamos a transcrever o teor do mail recebido, para total esclarecimento da questão.


"...Caro Senhor
Esta carta/abaixo-assinado dirigido ao Ministro da Agricultura, que anexamos,não é um abaixo-assinado igual aos outros , tendo sido concebido para ser subscrito unicamente por figuras públicas ( pe a Rosa Mota e o João Baião já o subscreveram) .
A ideia é aumentar o seu impacto junto dos media e daí junto da população pois, infelizmente, as nossas propostas estão sujeitas a um grande silêncio e é preciso romper este , digamos , bloqueio...
Evidentemente, se muitas figuras públicas o subscreverem vai ser fatalmente falado ao contrário de outros que temos feito e também merecerá uma maior atenção por parte do Ministro.
Se conhecer alguma personalidade (nomeadamente o Presidente da sua câmara) a quem queira recolher a assinatura , é uma grande ajuda.
Com os melhores cumprimentos
(Remetente identificado)
mais informação em
https://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/

Assim, iremos retirar do post 32 toda a referência ao citado baixo-assinado mantendo apenas a notícia da atitude do Governo Belga sobre a questão da esterilização de gatos. Desconhecemos a existência de qualquer abaixo-assinado de figuras públicas belgas.
Vossos
Berrinhos / Cândido Neves


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

(33) O SEGURO DE SAUDE PARA ANIMAIS DOMÉSTICOS


Chegou às minhas patinhas um artigo da Revista Visão (2/09/2010) sobre os seguros de saúde para animais de estimação, nos quais obviamente me incluo.
Pensando na "nossa" segurança resolvi publicar o artigo em questão, já a seguir, para conhecimento dos meus leitores.
Claro que aqueles que queiram saber mais encontrarão na Net muita informação sobre o assunto.

A Ritinha está hoje cheia de saude bem como as outras, que a observam ou brincam com ela, conforme vídeo já a seguir!
E amanhã? Como estarão?
Fica à consideração dos meus donos velar pela saúde minhas "meninas"... e já agora de mim também. Topam???
Miaus do vosso,
Berrinhos

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

(32) POR UMA CAMPANHA NACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO DE CÃES E GATOS


Hoje tomo o lugar do Berrinhos (deu-me permissão) para vos apresentar, sem comentários, um assunto sério!
Trata-se da questão da esterilização, nomeadamente de gatos e cães, assunto que desperta muitas emoções e opiniões diversas. Ler p.f. post (20) de 21 de Maio ult..
Em Agosto, li um pequeno artigo que dava conhecimento de uma proposta do Governo Belga sobre o assunto. É a cópia desse artigo que encontrarão já de seguida:


Há Governos que têm tempo para chegar a todo o lado...

(in Correio da Manhã - Agosto 2010)

Todos os meus seis bichanos estão esterilizados. cNeves


(O Berrinhos fez questão de eu manter o seu focinho no final do texto!)
Embirrações de idoso!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

(31) MARIA BEM TENTA...


Depois de um tempo em que estive afastado do teclado, hoje resolvi abusar e pela segunda vez venho até ao meu Blog, desta vez para vos apresentar umas imagens, que captei, com os meus donos a tentarem “falar” com a Maria conforme prova em vídeo que abaixo coloquei.
Coitados dos meus donos.
Cada vez estão (mais!) pior da moleirinha.
A minha dona não admira que esteja “pifada” pois há mais de três meses que se encontra de “baixa” com um problema de depressão.
Mas o meu dono também não anda nada bem. Seja por causa da situação da mulher, a qual tenta distrair com aquelas cenas estranhas de fingir falar com gatos, ou por estar cada vez mais gágá”. Não confundir com a Lady. A outra que também é gaga! Ou gágá???...
Resta-me olhar para a Maria, cada vez mais bonita.

Pena não ser siamesa.

Não se pode ter tudo…


Muitos miaus do vosso
Berrinhos





(30) GATO NO LIXO...mulher no LIXO!



Caros amigos dos "felpudos" :

podem perder um pouco do vosso precioso tempo?


Descobri um site onde um cronista, de seu nome Tiago Mesquita, relata e comenta um video que muito foi falado, que foi visto nos telejornais de todas as nossas (e não só) cadeias de televisão.

Nas imagens, uma inglesa sem classificação atirava para dentro de um contentor um gato que se passeava numa rua da capital do país do fair-play!

Posteriormente alguem produziu um video em que se parodiava a situação inversa: gato depositando mulher no contentor - pena não ter sido a lady que esteve na origem do "caso".

Vale a pena, em minha opinião perderem um pouco do vosso precioso tempo?

Os textos são espectaculares. Criticos, acutilantes, com humor.


(NOTA: Os videos e artigos referidos podem ser vistos na pág. 2 do site cujo link se encontra no título deste "post")

Miaus do vosso Berrinhos

domingo, 22 de agosto de 2010

(29) MINHA DONA "COLOCA" GATINHO BEBÉ ABANDONADO

Minha dona “coloca” gatinho Bebé
(Mais um…)


"DODI", FOI ONTEM ADOPTADO!
Minha dona, com a decisiva colaboração do filho mais novo, conseguiu a adopção de mais um gatinho. E eu vi aquela amostra... Até que era "muita" louco ficar com ele. Mas cá em casa a lotação está esgotada!
A partir daqui o “cota” vai contar como foi. Estou cheio de calor. Este pêlo só interessa no Inverno! Tem sido um Verão muito quente e os meus quase vinte anos pedem é descanso!


Bem, este Berrinhos está (é…!!!) um abusador! Eu também estou velho e tenho calor. Mas, como sempre, faço-lhe a vontade.
Cá vai a história.



Na maçaneta da porta da nossa amiga Alzira foi pendurado um saco de plástico. Dentro dele e embrulhado num pano de pó, encontrava-se um gatinho com pouco mais de uma semana.
Foi levado de imediato à (nossa…) cliníca Vet Mouras onde foi observado e alvo dos primeiros cuidados médicos.
Depois de dois dias com a Alzira, veio cá para casa com a finalidade de se lhe proporcionar mais espaço pois encontrava-se confinado numa transportadora para evitar o convívio com dois gatos adultos.
Entretanto foi baptizado “provisoriamente” com o nome Dodi, alimentado a biberão durante cerca de duas semanas e sempre vigiado medicamente.

(Na Vet- Mouras assistiram-no e testaram-lhe os reflexos)
Ao fim de três semanas de vida já se movimentava conforme podem confirmar no vídeo que coloquei ali mais abaixo…depois da “prosa”.
Era imperioso encontrar quem se dispusesse a adoptá-lo.
Minha dona colocou os seus conhecimentos à prova e por sorte, o seu filho mais novo encontrou um casal decidido a adoptá-lo para fazer companhia a um também muito novo gatinho que possuem.
Com pesar, pois é muito fácil afeiçoarmo-nos a estes peludos, mas com a certeza de ficar bem entregue conforme testemunhámos pela maneira como foi acolhido pela nova família, o Dodi lá seguiu ontem para a “linha” de Cascais rumo a um futuro favorável que o seu início de vida não previa.

Mais um final feliz!
Obrigado aos adoptantes. Bem hajam!
Em nome (e por ordem) do Berrinhos,
Vosso,
cNeves
(mais fotos do Dodi no Album ( link no título) "Fotos de Gatos e Cães... adoptados com intervenção de minha dona")



sábado, 24 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

(26)HOJE ESCREVE “O COTA” – A história da “SOFIA”

Fotos nos Albuns do Berrinhos em :
“Fotos de gatos e cães adoptados com intervenção de minha dona”
E “SOFIA” -
link no título



I – A COLÓNIA

Nas traseiras do prédio onde viveram os meus sogros, em Almada, sempre existiram gatos vadios formando colónias que foram subsistindo por largos anos, graças ao apoio dos condóminos.
Os pais de minha mulher viviam no primeiro andar do lado esquerdo. Nas traseiras da casa, logo abaixo das janelas da marquise, existe um toldo que os “bichanos” utilizavam como passadiço para se aproximarem da habitação, pelo que eram literalmente alimentados “à mão”.


A passagem para o “refeitório”.

A maioria eram comensais “residentes” pois diariamente minha sogra (Maria do Rosário)encarregava-se de lhes proporcionar as refeições nos horários habituais. Também do terceiro andar e do mesmo lado esquerdo - depois de obtida a devida autorização para a utilização do espaço aéreo fronteiro às janelas… - se viam descer tabuleiros engenhosamente pendurados em cordéis que, três vezes ao dia, levavam as refeições - sólidos e líquidos - aos felinos que, assim, deixaram de se considerar vagabundos, muito menos totalmente abandonados e obviamente se apresentavam em boa forma física… por bem alimentados
Hora do “rancho”

I I – O “REFEITÓRIO”

No que concerne aos exclusivos comensais do nosso primeiro esquerdo, jamais foram autorizados a saltar para dentro de casa nem tão pouco alguma vez mostraram interesse em fazê-lo.
Interessante era que só muito raramente se assistia a lutas pelo direito de acesso às refeições. O espaço de tempo que normalmente mediava entre os fornecimentos do primeiro e do terceiro andares, foi dividindo o numeroso contingente de pensionistas que, talvez após um plenário, resolveram criar “turnos” saciando o apetite, à vez, sem guerras nem disputas.

A colónia no seu “habitat”

I I I – O GATO, ESSE ANIMAL INCOMPREENDIDO

Os anos foram passando e como a vida terrena é finita, chegou a hora em que a D. Mª do Rosário nos deixou para sempre. Foi em Outubro de 2005.
Seu marido, depois de algum tempo de recuperação, resolveu voltar para a sua casa. Tentámos, sem êxito, convencê-lo a ficar junto da família. Mas não foi possível demovê-lo.
Passou, então, a viver sozinho naquela casa que compartilhara tantos anos com a Mª. do Rosário, com a sua filha e mais tarde com os seus netos.
O Engº Iria já fora dono de um macaco, de algumas aves e de um cão que morreu atropelado. Por este último ficaram uma saudade imensa e um desgosto sentido e profundo. Jurou não mais adoptar outro animal. Relativamente aos gatos era o normal “suíço”… i.e. … neutral! Como todo o dono de cão (no seu caso ex… ) resvalava com frequência para uma opinião mais ou menos preconceituosa. Resumindo: não percebia nada de gatos. O mais perto que confraternizava com felinos e com bastante frequência, eram com os netos, leões mansinhos…
Dos de Alvalade! Adivinharam…!

Palavras para quê???
(espero que me perdoem…)


IV – GANHANDO “TERRENO” – a 1ª VICTÓRIA

O Iria, engenheiro de facto, reformado sentado no seu " maple" vendo televisão, foi um dia surpreendido pelo aparecimento improvável de um gato que sorrateiramente o espreitava a medo, à porta da sala.
Compartilhados que foram uns largos segundos de incredulidade, o Iria, talvez movido pelo silêncio da sua recente e desconhecida e ainda não totalmente aceite solidão, face àquela inesperada visita tentou estabelecer contacto, emitindo, o incontornável bishbishshshs
O bichano após um curto recuo medroso, aventurou-se.
O gato esquivo de anos de telhado entrou cautelosamente na sala. Parou, cheirou as sapatos, as calças do Iria e sentou-se à sua frente olhando-o fixamente. Aguardou pacientemente uma reacção: o grito para o fazer correr de volta ao telhado, o levantar abrupto, a atitude ameaçadora ou, finalmente a perseguição ao longo da casa em direcção à janela que inadvertidamente ficara aberta e permitira a invasão.
Passados minutos, mantendo-se o silêncio e de olhos nos olhos, ambos sentiram que algo estava a tomar corpo entre eles. Foi então, que jogando o tudo por tudo, o gato ganhou a coragem suficiente para saltar para o colo do Iria, deu-lhe duas marradinhas na mão e de imediato – não convinha abusar da “sorte” - foi sentar-se numa cadeira junto ao "maple" onde acabou adormecendo talvez embalado pelo ressono do Iria que entretanto também já adormecera
.


Sofia consegue dar “a volta” ao avô Iria

V – CONSOLIDANDO A VICTÓRIA


Estes recentes acontecimentos foram-nos relatado pelo Iria, poucos dias depois.
E para nossa surpresa passámos a saber que a janela das traseiras passara a ser diariamente aberta pelo meu sogro, depois de almoçar e antes de se preparar para a “sesta” no seu “maple” preferido.
Acto contínuo aparecia o gato que depois de uma espécie de cumprimento - a inevitável e carinhosa marradinha que passou a constituir um ritual - deitava-se ao lado dele e lá ficavam dormir, em mútua companhia.

Pela hora de jantar e sem que fosse para isso enxotado, o gato voltava à sua colónia no telhado sobranceiro à marquise só reaparecendo no dia seguinte à hora “do costume” caso o Iria não tivesse entretanto saído.
V I - AFINAL O GATO ... ERA UMA GATA!


Numa das nossas visitas ao Iria, chegámos à conclusão que o gato passara a ser um companheiro apreciado e importante para o meu sogro que já não conseguia desfrutar da sua “sesta” com satisfação, sem o ter a seu lado.
Ele agora fazia parte da sua vida.
Mitigava um pouco a solidão do avô Iria.
Nós em anteriores visitas já tínhamos referenciado o gato no meio da colónia.
Era sempre o último a comer, aguardando que todos os outros terminassem para então se dirigir à comida.
Mais tarde, depois de visto pela médica veterinária, compreendemos a razão da sua atitude.

V I I - BARBARIDADES
Tratando-se de um animal de “rua” a sua continuidade em partilhar o espaço com o Iria obrigava a que fosse levado à nossa Veterinária.
Soube-se, então, era uma fêmea, que teria mais ou menos 2 anos de nascida e que estava grávida há pouco tempo, o que ainda não era (também!!!) perceptível à vista.
Foi submetida à inevitável desparatização e a exames e análises rigorosas onde não lhe foi detectada qualquer doença que a inibisse de continuar a acompanhar o Iria.
Porém foi-lhe diagnosticada uma doença crónica, não contagiosa ou perigosa para humanos e animais, resultante dos efeitos das agressões brutais que lhe foram infligidas por “humanos” (??) e que eram bem visíveis, pelos lábios com cicatrizes, respiração difícil e a falta de todos os dentes o que explicava ter sempre a ponta da língua fora da boca dificultando a mastigação.
Depois de “aprovada” pela Clínica, voltou para a companhia do Iria e sendo altura de lhe ser dado um nome, maioritariamente os padrinhos votaram e “ficou” SOFIA!

Alguns dos efeitos das agressões de cobardes desconhecidos

O BI da Sofia (não chegou a ter o “Cartão Único”!)

V I I I – A MATERNIDADE
Em princípios de 2006 faleceu meu sogro. Foi juntar-se à sua companheira de uma vida, poucos meses após a morte dela.
A Sofia entretanto estava prestes a ter a sua ninhada. Apesar da distância, acompanhámos todo o processo, graças também ao apoio constante da D. Margarida, nossa amiga, mais que vizinha. A “tal”… do terceiro esquerdo. Todos os fins-de-semana íamos até Almada. A Sofia passou a ter acesso à nossa casa. E aproveitou-o bem. Após o parto, foi-nos aparecendo com os filhotes, um a um! Quatro! Três gatinhos e uma gatinha!
Preparámos então um espaço para ela, aproveitando um parapeito exterior por debaixo das janelas das traseiras. Colocámos uns tijolos para impedir que os gatinhos caíssem, providenciámos uma protecção que os abrigava dos raios solares e ficou à disposição da Sofia e da sua ninhada uma transportadora onde passaram as primeiras semanas pós-parto.
Até que – era fatal – todos passaram definitivamente para dentro de nossa casa, vivendo na marquise.Até que – era fatal – todos passaram definitivamente para dentro de nossa casa, vivendo na marquise.

O “abrigo” da parturiente

I X - A ADOPÇÃO DA “SOFIA”

A Sofia, com os seus “achaques” despertou em todos nós um enorme sentimento de solidariedade. Passou a ser medicada diariamente, situação que teria de ser para sempre, dada a sua doença crónica. Apesar dos seus problemas de saúde, era uma mãe extremosa. Amamentava as crias sem um queixume e mantinha-se permanentemente a seu lado.
E sobretudo tinha, na sua relação connosco um comportamento do mais meigo possível. Parecia, quando nos olhava, agradecer tudo o que tínhamos e estávamos fazendo por ela e pelos filhotes.
Desde que passara para o interior da nossa casa que aproveitava os momentos da “sesta” das crias, e ia dormir numa almofada que “destinou sua” ficando na nossa companhia. Silenciosa, passava despercebida excepto quando nas idas e vindas se roçava nas nossas pernas.

Tempo de “mama” – Sofia amamenta os quatro filhotes

No final do Verão de 2007, antes de voltarmos para Lisboa, a Manuela iniciou contactos para a adopção das crias da Sofia. Quanto a ela, não nos era possível abandoná-la e vê-la retornar ao telhado. Com a doença de que padecia, não duraria muito.
Fora decidido adoptá-la de "facto" e trazê-la connosco, para nossa casa, para junto do Berrinhos e da Maria, gozar o que lhe restava de vida, em paz e no sossego que nunca experimentara.

X - ADOPÇÃO DOS FILHOTES DA “SOFIA”
Acabado o período de amamentação, a Manuela já uma “expert” na difícil tarefa de encontrar um lar para gatos lançou-se , o tempo urgia, à sua agenda telefónica, ao mesmo tempo que enviava mails às carradas procurando adoptantes. O retrato da prole da Sofia foi amplamente divulgado em "poster" divulgado junto da Vet Mouras e nas montras de outros estabelecimentos nossos vizinhos.

"Poster" divulgado na "Net"
Aos poucos os bichanos foram adoptados. Todos os machos encontraram rapidamente famílias interessadas.
Um jovem casal adoptou um dos bichanos que “reservaram” ainda durante o período de amamentação.
De pelagem preta, patinhas, ventre e pescoço de um cor branco imaculado.
Passada a amamentação, foi recolhido pelos seus actuais donos que, para o efeito, se deslocaram desde Sintra até Almada. Passou a chamar-se PULGÃO! Vive bem tratado e tranquilamente no seio de uma família que o trata principescamente.
A espaços vamos recebendo notícias suas, acompanhadas de fotos dele e do amigo felino a quem foi fazer companhia: o TOM.
BECAS foi o nome do outro filhote que foi adoptado por uma jovem que respondeu a um dos apelos lançados. Vive em Camarate. Mantemos contactos com a sua adoptante. Sabemos assim que está bem, feliz e com mimos e comidinha a horas.
Ao terceiro macho chamaram-lhe Samuel – SAMU para os amigos – e vemo-lo com alguma frequência. Está quase totalmente branco exceptuando umas riscas cinzentas no rabo e umas sombras castanho/acinzentadas nas orelhas. Foi adoptado pelo JP, nosso filho. Vive em S. Domingos de Rana, dormindo e brincando com a Gabriela e a Tareca.

X I – PIMPINHA A FILHA DESAPARECIDA
E o quarto(a) filhote? Como fêmea, mais uma vez, tivemos dificuldades na sua adopção. As fêmeas são sempre difíceis de “colocar”. O preço da esterilização é considerado um escolho e a recuperação após a intervenção é um pouco mais demorada que nos machos. Necessitam, portanto, em início de vida, mais atenção. Concluindo: a única filha da Sofia, não aparecendo interessados na sua adopção, acabou (já estão a ver…!) por ficar em nossa casa, com a mãe. Foi-lhe dado o nome de PIMPINHA.
A Sofia foi uma companheira constante da sua filha. Passavam quase todo o tempo juntas. Raramente se separavam, mãe e filha.

Tudo coria às mil maravilhas, até que a Pimpinha desapareceu. Caiu da nossa varanda, de uma altura de três andares, e nunca mais foi vista.
Mãe (Sofia) e filha (Pimpinha) “passam pelas brazas“
X II - TEMOS “SAUDADES”… SOFIA!!!

A decisão de a esterilizar foi muito ponderada dado o seu estado de saúde. Porém, acabou por suportar muito bem a operação e convalesceu com uma rapidez que a todos surpreendeu.
Com a sua fraca saúde sempre vigiada, foi alvo de todos os possíveis cuidados da nossa parte e especialmente da nossa Clínica de sempre, a VETMOURAS. Só assim foi possível acompanhá-la e conseguir que sobrevivesse por mais dois anos até que faleceu em Abril de 2008.
Temos vívida a lembrança da sua calma e disponibilidade durante todos os tratamentos a que foi sujeita.
Operações, análises, toma de medicamentos, sucessivas idas e vindas na transportadora, ela tudo aguentou sem um “queixume” : sabem do que estou a falar!
Quem conhece verdadeiramente os gatos – quem os tem, quem os aceita como um ser que sente, enfim quem os trata como todo o ser vivo merece - é que entende como é possível um felino deixar-se manusear como a Sofia permitia. A sua atitude foi sempre a de se submeter inteiramente, como se tivesse a noção de estar a ser alvo de atenções que tinham como finalidade aliviar-lhe o sofrimento.

É muito difícil (mas mesmo muito difícil) lembrar-nos da Sofia sem que as lágrimas nos queiram rolar pelas faces.
Podem achar – e aceitamos todas as opiniões e críticas - todo este escrito estranho, deslocado, exagerado.
Temos a nossa consciência bem tranquila quando nos lembramos do que já passamos com os nossos mais próximos familiares e do que eles passaram…!
Convivendo diariamente com animais, mais tarde ou mais cedo, somos obrigados a considerá-los também como família.
Sofia continua na nossa casa, sem quaisquer mórbidas celebrações ou parolas e descabidas evocações, dentro de uma pequena urna onde repousam as suas cinzas.



cNeves

Caros amigos
Desculpem lá o “infindável “ discurso. Estava a ver que ele não mais parava de escrevinhar!
Finalmente farto das suas inúmeras (e chatas!) insistências, lá dei autorização ao velhote - meu dono - para escrever qualquer coisita no meu espaço, recomendando-lhe muito cuidado e que não me deixasse mal visto.
Não lhe dêem com muita força. Ele não precisa saber que é um “escritor” frustrado!
Para vós, uns miados envergonhados deste vosso criado,
Berrinhos.

PS: APENAS UMA LIGEIRA NOTA A FAVOR DO "ESCREVINHADOR"!
ELE QUIS PRESTAR UMA HOMENAGEM À DOCE SOFIA. EU NÃO SABIA DA INTENÇÃO E FIQUEI “LIXADO” DE NÃO TER SIDO EU A FAZÊ-LO.
MAS EMOCIONOU-ME! FOI BOM RECORDÁ-LA.
OBRIGADO Ó VELHO!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

(24) AMOR É...

Estou na "onda" de encher o Album (link no título) com fotos. Em arquivo existem vários milhares minhas e das minhas "gatinhas". Desta vez abri um novo com o título "Amizade Entre Felinos".
Já a seguir uma pequena amostra do que poderão encontrar no referido Album.

Mas existem muito mais fotos. A pouco e pouco irei a publicando as antigas e ainda outras mais actuais, à medida que foram tiradas.
Posições exóticas, abraços, momentos de cumplicidade, brincadeiras (que às vezes podem não o parecer...) momentos de relaxe, tudo o que comporta uma comunidade cujo comportamento deixa por vezes um sentir inveja quando somos colocados perante tanta inimizade no "vosso" mundo "racional".
Miaus do vosso
Berrinhos


quinta-feira, 3 de junho de 2010

(23) TEMPERATURA AUMENTA…SEDE APERTA!

Olá amigos.
O Berrinhos cumprimenta-os e agradece “a visita”.
I
A “Maria” (post 21) há muito concluiu que, contribuindo para o aumento da factura da “luz” e portanto das despesas fixas (?), deixava de ser “mimada” com uma guloseima que adora: mousse da “Gourmet”, (passe a publicidade) quer seja peixe, vaca ou galinha.
Interesseira - como todos os gatos – quando se apercebeu que tinha mais prejuízo que lucro, parou com a manifestação. Parva…?...!

Agora sou estou eu que estou mais uma vez na “berlinda” e já me consideram accionista da EPAL.
I I
Com o calor, que ultimamente tem aumentado, a água que me (nos) colocam no “bebedouro” vai aumentando de temperatura mesmo que mudada com frequência.
Provando uma vez mais a minha superior inteligência, sou o único “felpudo” cá em casa que, desde muito novo e sem qualquer ensinamento, bebo água directamente da torneira do “bidet”, acessório de casa de banho muito “mal visto” por muitos humanos nomeadamente “tugas” e não só - já ouvi dizer que há Países onde os mesmos foram abolidos… os bidets… não os tugas.
I I I
Para suavizar o seu aspecto inestético os “bidets”, cá em casa, têm todos tampa. Assim fica aumentada a sua área de utilização não servindo apenas como: bidet a low-mounted plumbing fixture or type of sink intended for washing the genitalia, inner buttocks, and anus!!!. Pela designação em inglês já percebem porque os anglo-saxónicos não querem nem entendem o uso do mal amado “bidet”.
NOTA: O meu dono é adepto ferrenho do “bidet”. Adora o “banho tcheko-tccheko”. Consta que exigiu a colocação de um daqueles objectos na casa de banho para homens, na altura da construção numa Dependência bancária que ele “inaugurou”. Para que conste: apesar do bidet ele também toma duche diariamente! Considera simplesmente que o “bidet” tem préstimo e funcionalidade específicas.
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Com tampa, o “bidet” serve também para colocar frascos, malas de senhora, rolo de papel higiénico a aguardar colocação substituindo a tampa do autoclismo…, escadote para abrir a janela (só para a minha dona, pois o meu dono tem 1,88m de altura e pesa 118 kilos – despido!). Para mim a tampa é um indispensável apoio que permite chegar-me à torneira sem molhar as patas. G’anda invenção! Altamente!
V
Como prova, caso mais tarde seja negada a minha colaboração com a EPAL, até fui filmado quando me dessedentava (saciava, matava a sede, refrescava: in Wikcionário).
Lá mais para o fim, em baixo, o referido clip de vídeo que também se encontra no Álbum, link no título.
Miaus e ron-rons para vós todos do
Berrinhos








NOTA DO ESCRIBA:




Confirmo tudo o que atrás ficou revelado! A verdade não pode ser escamoteada. Inclusive e principalmente as incidências perniciosas nas despesas fixas.
Acrescento ainda que o Berrinhos demora um ror de tempo a beber água.
Desconfio que tenha um estômago com capacidade suficiente para albergar tanta água como a de um tsunami originado por um terramoto “nota” 10 nas escalas richter mais mercalli não forçosamente por aquela ordem.
Como não aguento estar todo o tempo junto a ele enquanto bebe, recorro a truques que, no final, não resultam, tipo deixar as luzes da casa de banho e do corredor acesas, ou a telefonia da casa de banho em altos berros.
E lá fica a torneira aberta. Por vezes por largo tempo. A EPAL agradece mas devia aplicar multas. Ui! Esta foi infeliz! Coitado de mim…

Lembro-me então das minhas críticas quando vejo bocas-de-incêndio e tubagens danificadas a verter para a via pública, jardins da cidade serem regados em dias que chove copiosamente ou de água a ser atirada para fora da área dos monumentos “ornamentados” com repuxos gigantescos contrastando com a publicidade paga, na TV, redimindo o “criminoso” caseiro ao voltar atrás para fechar a torneira que deixou aberta por momentos. Onde andará naqueles momentos o CML António Costa? Será ele o “assassino”?


O Berrinhos, esteja eu em casa onde estiver, aparece para me “conduzir” ao “Bidet”. Primeiro mia, e se eu não me despacho, berra!!! - era assim em “miúdo”, razão do nome com que o baptizámos – e quando me levanto, dirige-se à casa de banho e salta para a tampa do tal acessório sanitário e aguarda que lhe abra a torneira.
Ultimamente, de em vez quando (vá lá saber-se porquê), acaba de beber e emite um miado que passei a interpretar como “aviso” de estar devida e totalmente saciado. Entusiasmado, corro para ele e ainda antes de fechar a torneira passo-lhe várias vezes a mão pelo dorso querendo convencer-me que ele com tanta “graxa” passará a alertar-me, ao mesmo tempo que o premeio com o monólogo:
- Boa! Obrigado Berrinhos!– repito pelo menos 20 vezes não esquecendo o afago…
ALÔ! Júlio de Matos…

Deve ser uma visão no mínimo surrealista, que felizmente ninguém tem a possibilidade de testemunhar. Mas juro que é verdade! Há ocasiões – o líquido saber-lhe-á melhor? - que ele me “avisa” para fechar a água!
Só ainda não descobri como fazer para que ele o faça sempre.
Mas hei-de conseguir!
Obrigado pela vossa compreensão.
O escriba do Berrinhos,
Cândido



(Berrinhos contribui para a facturação da EPAL)