sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

(3) RITINHA - A JOVEM

RITINHA - A JOVEM


A mais nova. Não só no clã, como na idade.

I - MODELO
A princípio achei que era ESQUISITA, link no título. Parecia que vestia um casaco meio “estilo camuflado”. Ou estar a esconder-se sob a casca de uma tartaruga. É isso!!! Manchas ou uma espécie de riscas mal desenhadas de cores castanho avermelhadas e pretas logo… gata de pelagem tartaruga!
Focinho lindo, estilo “desculpa ter nascido”!

II - RITINHA - A “PARAQUEDISTA”
A minha dona, à revelia do “velhote” (ele… o que tem a mania que é o dono da casa...hehehehe. E eu? Hein???) abrigou uma menina ainda bebé que supostamente iria passar cá por casa apenas para um curto período de adaptação à vida com os humanos, antes da adopção prometida por alguém que (lá está!... ) na hora da verdade falhou… para alegria da minha dona e de uma senhora amiga que, eu bem sei, foi cúmplice na história que venderam ao “idoso” cá de casa (ele!… não eu… claro!) hehehehehehe .

III - RITINHA - DADOS BIOGRAFICOS E NÃO SÓ
Nascida em dia indeterminado no mês de Junho de 2009, entrou na família a 11 de Setembro do mesmo ano.
Nasceu no seio de uma colónia de gatos vadios, nos terraços das traseiras do edifício onde vivemos.
Apesar da pouca idade ainda houve tempo para sofrer maus tratos, tendo sido salva quando se encontrava entalada num buraco de onde não poderia sair sem ajuda humana. E quem ajudou? A tal senhora da qual acima falei, conspirando com a minha dona, juntas contra o "cota"!.
Depois de libertada foi observada numa Clínica Veterinária aqui perto de nós (onde eu já “fiz” unhas, na paticure), tratada, desparasitada e posteriormente esterilizada. Para um cuidado acompanhamento na convalescença, ficou aqui em casa supostamente para uma estadia “provisória” que, à semelhana de tudo o que é provisório neste País, se tornou definitiva.

IV - RITINHA - A PERSEGUIDA

Tem sido difícil... pr'a ela! Totalmente condicionada pelos maus tratos que sofreu antes de ser adoptada, literalmente até da própria sombra tinha medo. Quando chegou, depois de esterilizada, e apetrechada com o clássico e traumatizante (e eu não sei????) "funil", ficou confinada numa sala, com a comida a ser-lhe servida à mão, dado o estado de fraqueza.


(Ritinha come "à colher"!)

Longe do contacto dos restantes gatos, surpreendeu todo o mundo cá em casa com incessantes e estridentes gritos - dos vizinhos não houve queixas... - para os quais ninguém encontrava explicação. Finalmente descobriram (meus donos são muito “vivos”…) que os espelhos que cobrem uma das paredes da sala, reflectiam a sua imagem o que a levava a histeria. Os vidros foram tapados, assim tipo “black out” nas janelas em Londres, em plena ameaça de bombardeamento nos idos da 2ª Guerra.Restabelecida, saiu da sala (recobro) mas deparou-se com um pesadelo que dura até hoje: chama-se “Necas”!!! A “Necas” que, na cronologia de entrada no seio da família, se encontra imediatamente a seguir à Ritinha, não a aceitou. Até agora! Não deixa sair a pobre da "tartaruga" que encontrou refúgio por detrás de um frigorífico, na Marquise junto à cozinha. A “ Necas”, sempre que entra na cozinha, vai direita à toca da Ritinha que nem um TGV atrasado.

(Áparte... aqui para nós): já ensinei uns “golpes” à Ritinha tanto que, ultimamente a Necas recua depois de investir contra a miúda vem com uma pata no ar passando depois minutinhos a lamber uma zona que penso sofrer do resultado de alguma "carícia" da desgraçada da Ritinha.

Nós não conseguimos ver seja o que for, só ouvimos o som da refrega.

Aqui há uns dias a minha dona levou a Necas à Clínica preocupada com umas irregularidades que encontrou numa das patas. Depois de observada pela nossa dedicada Médica Veterinária emitiu o diagnóstico. Não eram problemas dermatológicos mas o resultado de arranhadelas quase saradas. O que eu me ri….

ESTOU QUASE A "CHATEAR-ME"

O caso já está a ter um toque de paranóia na Necas que ultimamante retira tudo o que esteja no já reduzido raio de acção da Ritinha. Mantas, brinquedos e almofadas são levadas para lonje.





(Ritinha vê o "enxoval" espalhado pela Necas, por toda a casa )

"Esconde” tudo. E a minha dona tem de percorrer a casa a arrebanhar o “enxoval”. Bem feita, que ela tem andado com a Ritinha nas palminhas. Já nem me liga. Um dia destes dou-lhe uma arranhadela.
Depois digam que os Siameses são traiçoeiros. Então não é que ela fecha a porta da cozinha, isolando-nos por largas horas principalmente na altura do jantar? Sim, que cá em casa os "patrões" comem na cozinha! Que falta de nível! Preguiçosos! E a Ritinha fica sentada numa cadeira, ao lado da dona, dengosa, sendo acariciada enquanto vai fazendo longos ron-rons.

Tão pequena e já sabe dar a volta à dona.

Entretanto, nós os cinco, cá fora! Tenho tido dificuldade em aguentar as meninas sempre a reclamar a urgência em irem à casa de banho que fica para lá da cozinha, na marquise. Por que será que as fêmeas têm uma bexiga tão pequenina?

Quando a porta é aberta lá voltamos à tourada, com a Ritinha a entrar em pânico total. Conclusão: os "cotas" não conseguem resolver a situação. Um dia destes desato às arranhadelas. Vai Necas, vai Ritinha e os cotas também. Áh! pois! E não digam que os Siameses são assim e assado, beras, mal-dispostos, etc..

E eu acho que a Ritinha ficaria muito bem na sala (onde nunca foi com o medo de ser interceptada!) pois as cores da sua pelagem “casam” bem com a decoração.

E depois, nunca dormi com uma gata tão colorida.

E se não conseguem que a Necas deixe de importunar a Ritinha, nunca me deitarei com ela.

E acresce que estou a ficar velho.

Por hoje, chega! Já estou cansado.

Muitos MIAUS do Vosso

Berrinhos


BOA TARDE

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