segunda-feira, 19 de abril de 2010

(13) MARIA! A DIVA! A “TIA”!!!


(11) MARIA! A DIVA! A “TIA”!!!

(PRÓLOGO)


A Maria mereceria sempre um primeiro lugar nesta “mostra” felina das odaliscas que compõem o meu harém.

Aquele lugar que sempre ocupou poderia advir por ser a mais “antiga”… a seguir a mim. E, quer queiram quer não, a antiguidade é um Posto!!!

Porém, para além da “cronologia”, há um mundo de motivos, detalhes, pequenos/grandes pormenores que a guindam a um lugar proeminente no meu harém.

Vivi 10 ANOS sozinho… com meus donos.

Sozinho é força de expressão! Tive a companhia de quatro humanos que me deram cabo da cabeça. Dois, “ditos” adultos. Mais dois jovenzitos que apanhei à entrada da puberdade, aguentei as palermices da juventude e convivi com a sua adolescência. Depois “desapareceram” quando adultos, ou seja, quando já não me chateavam. Pelo contrário! Que estranha é a vida…

Já perceberam que a minha referida solidão tinha a ver, apenas, com a falta da presença de um “semelhante”. Um “felpudo” que passasse a língua pelo meu pêlo, me lavasse as orelhas, me aquecesse, me fizesse companhia quando dormito, e que me permitisse dar umas sapatadas (os adultos são tão grandes…) quando estou de mau humor … o que é raro!Enfim, encostar os meus bigodes a uma pelagem como só nós possuímos e retribuir também com uns miminhos quando fosse atacado em alturas de muito, mas mesmo muito bom humor e boa disposição…Siamês não dá (muita...) confiança. É que, lá diz o ditado, damos uma mão e…

Era uma falta cada vez mais notada e sofrida. Resumindo: precisava (!) era imprescindível (!) ter um semelhante para me “servir”. Aliás, de preferência uma! E uma, apenas por, inocente e pura razão estética… - a “esterilização”(não me falem em castração) não terá nada a ver com o meu (des) interesse na escolha do sexo. O que não se conhece… não nos faz falta.Dizem…

Queria apenas a beleza de uma fêmea junto a mim. Para feios já tinha a minha conta…hehehehe (brincando…!?).

I – FINALMENTE… UMA COMPANHIA

Eis senão quando, no fim de uma tarde de Maio, depois de uns largos dias de ausência, os meus donos entram porta dentro com um pequeníssimo vulto embrulhado num exíguo cobertor. Regressados de férias traziam com eles um minúsculo (acho que eu nunca fui assim tão insignificante) tufo de pêlos. Era a Algarvia…, a MARIA.


Finalmente os deuses dos Gatos tinham-me escutado! Aleluia!


I I - MARIA - MODELO BIOGRAFIA link no título

Raça: Europeu Comum

Tipo: Tigrada

Côr: Amarela

Local de nascimento: Manta Rôta, Algarve

Idade: Fará 9 anos em Maio 2010

Fisicamente perfeita, ultimamente vem ganhando um pouco de volume! A idade…

De acordo com os dados recolhidos em “escutas”, ainda não destruídas, de conversas entre meus donos e se a minha já fraca memória não me atraiçoa, a Maria nasceu como elemento de uma ninhada, na vila de Manta-Rôta, junto à vivenda de uma amiga de longa data, de minha dona .

Os “penduras” dos meus donos costumavam, fora da época alta e de borla (!!!), passar alguns dias, (agora, a gataria não permite …hehehehe) a convite da proprietária, na referida vivenda - da qual creio terem até as chaves em seu poder.

Parece que eles (os meus donos) não gostam da confusão da zona Algarvia durante os meses estivais (isto é que é falar…) pelo que só em finais de Maio e em Outubro demandavam aquelas paragens.

Naquele ano de 2001 depararam-se com uma ninhada de 3 gatinhos debaixo da escada de entrada. Um dos três, uma gatinha, tigrada amarela, apresentava sinais de grave debilidade resultante da atitude agressiva dos outros dois irmãos, gatinhos, que não lhe davam tréguas. Não tinha forças para levantar a cabecita. Seus olhitos apresentavam várias feridas. O seu estado de magreza era extremo. A sua sobrevivência estava em risco. Para concluir: a logo baptizada Maria, veio para Lisboa de imediato com os meus donos. Que também passaram a ser dela.

Com a ajuda da VetMouras conseguiram recuperar-lhe a saúde.

Ah! Dos outros dois gatinhos, um deles, que foi trazido mais tarde pelos meus donos, vive no nosso prédio em Lisboa em casa de quem??? Adivinharam! A Alzira!. É o “Patinhas”...


(“Patinhas” – o mano da Maria)

... o outro bichano morreu atropelado.

Ver (ler!)a história romanceada dos primeiros dias da Maria no...

“Post” (07) UM INTERVALO – Sábado 20 de Março de 2010.

I I I -COMPORTAMENTO

É fácil transmitir o quão querida é a “minha” Maria. ´”Dá-se” com qualquer pessoa. Vai à porta sempre que ouve a campainha e deixa-se acariciar por quem se lhe dirija a fazer festas. Adora andar ao colo de qualquer um dos donos. “Fala” com eles. Gosta de brincar com um simples papel transformado numa bolinha. Corre, dá-lhe sapatadas e depois, leva-o na boca, depositando-o aos pés dos donos, aguardando que lho devolvam para uma e outra vez se entreter empurrando-o, jogando-o pela casa. Raios! Parece um cão! Só que não precisaram de a incentivar ou dar ordens.

Tem a paranóia das alturas. Meu dono não se pode distrair pois ela salta-lhe para o ombros, “escalando-lhe” as costas mesmo que ele esteja em tronco nu. É nesses momentos que o vejo perder a compostura. Gritando, com as costas, cheias de “risquinhos” que fazem lembrar estradas num mapa, pronuncia “alto e bom som” umas palavras pouco habituais e que eu me dispenso de aqui reproduzir. Depois, do ombro, a Maria salta para o cimo de um móvel ou armário – o que estiver mais perto. Por vezes, como não tem apoio para saltar para o chão, mia e aguarda que o dono lhe ofereça o braço, transformado em “ponte”, desde o “poleiro” até ao ombro.

É ainda mais gulosa que o dono.

(Maria a gulosa!)


Adora “ iogurtes”, fiambre, bolachas integrais molhadas em leite, atum… - é um grande “garfo”. Não larga os donos na altura das refeições.

Dá uns miaus muito ternurentos, estende uma patinha pedindo comida. De Inverno tem uma paixão assolapada pelos aquecedores. Nos de óleo encosta tanto o focinho que fica com os bigodes torcidos com o calor. De Verão, na varanda, aquece-se ao Sol e retorna para o fresco do interior da casa. Cambaleando deixa-se cair no soalho refrescando-se.

Não sendo das mais utilizadoras não dispensa, com alguma frequência, deitar-se na cama dos donos (onde eu permaneço a noite inteira e não só…) , passando nela umas horitas durante a noite.

E o capítulo "Maria" termina aqui, por enquanto...
Como hei-de agradecer a vossa atenção e e carinho?
Com muitos miaus, ronrons e "marradinhas"!
Do vosso
Berrinhos


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